sábado, 18 de outubro de 2008

VOCÊ AMAVA QUE EU ERA




O verdadeiro amor jamais acaba estando junto ou não. Ele pode até adormecer, mas jamais morre. Porque amar alguém não é só estar juntos. Amar é senti saudade, é doer com a ausência da pessoa amada. Amar é ter o que recordar, é reviver lembranças de momentos especiais. É sentir o cheiro de alguém, mesmo este alguém não estando perto. Amar é chorar lágrimas de tristeza pela ausência de alguém que lhe deu um mundo de felicidade.”
Este pequeno texto foi extraído do livro Você Amava Quem Eu Era, um romance de um amor que foge a razão humana um amor nunca visto, que na simplicidade de valores fez se magnífico com magia e encanto onde nem o tempo e a morte foram capazes de apagar o amor. Uma mistura do real com o místico, mudando o destino e unindo almas através do tempo.
Venha fazer parte desta estória adquirindo este livro pelo site:
http://www.editorabarauna.com.br
Ricardo de Souza Ângelo
O livro mais esperado do ano!!!!!!!! kkkkkkkkkkkkk

domingo, 29 de junho de 2008

Amigo perfeito

Amigo perfeito é aquele que te conhece melhor que você mesmo, ele confia em você quando nem mesmo você mais confia, ele está do seu lado não pelo que você faz ou pelo que você tem, mas simplesmente por quem você é, a amizade dele não está firmada em promessas de que você será sempre fiel. O amigo perfeito não exige que você seja perfeito, mas que seja verdadeiro. O amigo perfeito te ama mesmo quando todos não tiverem nem um motivo pra lhe amar, ainda que você se sinta um nada, para ele você será tudo, e fará tudo que for preciso para te fazer feliz. Ele saberá que tu és fraco, frágil, mas ainda assim te mostrará força de onde você não sabia que tinha. O amigo perfeito não esconderá seus erros, nem te ajudará a fazê-los, mas ele estará do seu lado mesmo você estando errado, ainda que para isto ele tenha que te repreender. O amigo perfeito sorrirá com suas vitórias e chorará com suas derrotas, ele saberá falar na hora certa, e calar-se também. Ele estará presente, mesmo que esteja ausente. Saberá ver em teus olhos, seus medos e angústias, porque o amigo perfeito está disposto a ir com você e por você até a última conseqüência. Ele irá até o último sacrifício, sendo este o sacrifício de morte, ainda que você não mereça. O amigo perfeito na realidade não é aquele que irá morrer por ti, mas aquele que já morreu. Aquele que morreu para que você tivesse vida. O amigo perfeito é Jesus Cristo aquele que fez da sua amizade...
Um objetivo de vida.
Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. João 15;13 Jesus Cristo


Ricardo de Souza Ângelo

sábado, 28 de junho de 2008

Síndrome de Peter Pan


Quem nunca foi mordido pelo o bichinho da síndrome de Peter Pan?
Isto mesmo, estou falando daquela garoto da famosa fabula que se recusava a crescer e ser adulto ter responsabilidades, que podia voar e vivia com os meninos perdidos nas arvores da fada sininho com seu pozinho mágico, que os faziam voar pensando em coisas boas, quem nunca quis ir pra terra do nunca, nunca deixar de ser criança, nunca perder o coração aventureiro e principalmente nunca ter que deixar o dever substituir o prazer de uma boa brincadeira, talvez esta fabula de Peter seja como a lendária cidade de Atlântida a eterna busca do paraíso perdido, Peter Pan e o sonho mais deseja da humaniza, e uma fulga desta realidade tão perversa na maioria das vezes a terra do nunca personifica o encanto nos tira desta vida acelerada e movida por isto que chamamos de tempo, o menino que não queria crescer sabia o que queria ali na sua terra de fantasia com suas lutas com o seu eterno vilão capitão gancho que simboliza a vida adulta lutando contra a criança perdida dentro de cada um de nos, e hoje no auge da minha vida adulta consigo entender melhor esta estória tão contada na minha infância, hoje me lembra de coisas muito importante da minha infância e na maioria delas tem pessoas que hoje não vejo mais, pelos mais diversos motivos, com isto percebo que nosso garoto da terra do nunca na verdade ele queria manter sua infância em toda sua simplicidades ele não queria que nada mudasse nem os lugares nem as pessoas na verdade ele não se preocupava em conhecer novas pessoas deste de que não precisasse perde aquela que já conhecia, eu creio que o autor deste conto não tinha medo de perder somente sua infância, mas principalmente de perder aqueles que fizeram parte dela, por isto e inevitável não ser mordido pelo bichinho que causa esta síndrome de não querer ser adulto, e responsável, muitos dirão que isto e coisas de pessoas fracas quem não tem coragem de encarar a realidade de frente, talvez eles estejam certos, talvez realmente seja covardia, mas talvez não seja, pode ser que sejamos corajosos demais para admitir que a realidade e dura para se viver sem uma terra do nunca para da uma fugidinha.
Ricardo de Souza Ângelo

Coração de estudante


Hoje quero falar de algo que esta em extinção, o coração de estudante, como diria nosso presidente Lula: Nunca na historia deste pais tiveram tantos estudante no ensino médio e em curso superior, mas esta estatísticas muitas das vezes não diz muito numa sociedade emergente como a nossa, mesmo aumentando o numero de estudante percebe-se claramente que o coração de estudante e cada vez mais raro, estou falando daqueles estudantes que sonham em mudar o mundo, aqueles que realmente acreditam em fazer a diferença, como os estudantes de décadas passadas. Hoje o estudante da pesquisa na internet do ctrl C e ctrl V, estudam não mais para mudar o meio em que vive, mas para passar em um concurso publico, não que isto seja errado, mas é que dói não ver mais estudantes que sonham em mudar o mundo.
Mudar o mundo não e uma realidade muito palpável, mas esta ilusão e extremamente necessária para ter um mundo um pouco melhor e se esta ilusão não estiver no corações de nossos estudante estará no coração de quem?
Tenho uma imagem em minha memória de um jovem estudante chinês que parou uma fila de tanques armados, movido pelo motivo de ter uma sociedade melhor, não e preciso ir longe pra termos boas lembrança como os jovens de caras pitadas, mas hoje isto tudo e desnecessário que importa e nos preparamos para o competitivo mercado de trabalho, hoje nas empresas não se tem mais amigos mas concorrentes, neste mercado cruel pessoas estão virando mercadorias com conhecimento qualificado, não posso afirmar que este meu pensamento esteja correto, mas coloco minha humilde opinião pois recuso em aceitar estudantes que só objetiva como alvo para seu diploma um bom emprego que lhe de estabilidade, diante deste mundo globalizado vejo uma juventude estudantil sem sonhos filantrópicos, e minha preocupação esta em cada vez mais termos profissionais e menos sonhadores, minha esperança esta quando me esbarro em raros estudantes que ainda sonham e isto me deixa feliz pois começo a acreditar que sempre haverá um remanescente com um verdadeiro coração de estudante.
Ricardo de Souza Ângelo

Saber dar valor


Só para não perder o hábito de questionar, acompanhe minha linha de raciocino há um tempo eu li um pensamento não sei quem o criou, que dizia mais ou menos assim:
Se você deseja saber o real valor que uma pessoa tem pra você e só imaginar o impacto que a morte desta pessoal te causaria, eu fiz o teste e constatei que realmente funciona, nos deixa mais pensativos diria até tristes ao imagina perdas de pessoas que tem tanto valor em nossas vidas, mas que no vai e vem do por do sol não percebemos, depois de algum tempo meditando em como foi importante senti que estas pessoas tinham um valor imensurável que agora eu havia percebido em imaginas sua mortes, depois de pensar assim veio em mim um pensamento que me deixo triste porque para perceber o real valor de uma pessoa eu tive que pensar em sua morte e não em sua vida, como pude pensar em seu corpo frio para senti o calor da sua existência, não deveria ser mais fácil saber o valor que umas determinadas pessoas tem para nos, baseado na sua vida, na sua convivência com conosco, não deveria ser mais fácil perceber valores em um sorriso, em uma lagrima, em momentos vividos de forma bobamente inesquecível, mas deste de então comecei a perceber os valores das pessoas pelo tempo em que elas vivem comigo.
Tempos que hoje para mim tomo uma dimensão de valor muito maior do que eu havia dado, pois não quero nunca mais ter que imagina a morte de alguém que gosto para saber seu valor ou o que seria muito pior vivenciar verdadeiramente a morte de alguém pra saber que ela era uma pessoa especial pra mim, te confesso que preferiria a minha morte até que passar por isto.
Mas graças a Deus hoje consigo perceber com mais nitidez os reais valores da vida com vida. pois descobri que não preciso da morte para da valor a vida aos que convivem comigo.
Ricardo de Souza Ângelo

sábado, 21 de junho de 2008

Amigos jamais se afastam


Dizem que o tempo cura as feridas, apaga as lembranças e afastam os amigos. Por um bom tempo eu acreditei nisto, mas hoje já não me é possível crer. As experiências dos anos me mostraram o contrário, me mostrou que certas feridas jamais cicatrizam, porque feridas feitas na alma geralmente são eternas ou feridas feita de perdas de pessoas que amamos também não se cura.
Aprendi que certas lembranças são tão resistentes e belas quanto o diamante. Outra certeza que os anos me deram é que amigos jamais se afastam com o tempo, muito pelo contrário o tempo aumenta esta união, pois com o passar dos anos e o soprar das velinhas vem com a gente uma maturidade de valores onde podemos ver com mais clareza que aqueles velhos amigos ainda são os melhores. O que mais me deixa atônito é que muitos amigos destas pessoas tão especiais passam anos ou ate décadas sem vê-los, mas basta um encontro para aquele enorme monstro chamado amizade acordar e daí parece que o tempo volta e tudo é festa. Tiram-se os trajes de homem e mulher, adultos e responsáveis e começa-se a falar como se fossem o mesmo de épocas passadas e falar de amores perdidos, de erros não perdoados, de festas inesquecíveis, de casais que todos juravam que viveriam para sempre juntos, mas que por estes fatores que não compreendemos hoje nem se falam mais. Nestes encontros é indispensável lembrar-se das músicas da moda que hoje parece tão ridícula, mas que era tão bela na época. O mais fascinante disto tudo é que isto é um sentimento universalmente humano, estas recordações não fazem distinção de raça, cor, religião ou se você mora na capital ou no interior, o saudosismo é o mesmo.
Por isto me nego a crer que amigos se afastam com o tempo ou qualquer outro motivo que venha a inventar, pois amigos de verdade são ligados através de tempos vividos juntos, tempos de alegria e tempos de dor. Logo o tempo que passamos distantes só valoriza o tempo que passamos juntos. Amigos de verdade jamais se afastam, apenas passam tempo sem estarem perto, pois amigos de verdade continuam juntos mesmo longe. Distantes talvez, separados jamais.


Ricardo de Souza Ângelo

Feche os olhos e veja


Veja quem tu és
Veja teu ser com os olhos da consciência
Veja tua alma como ela realmente é
Veja teu caráter e não tua reputação
Se conseguires vir se assim,
Verás que não é o que pensavas que era
E muito menos o que as pessoas pensam,
Verás que és mais fraco do que imaginavas
E mais forte do que te diziam
Se conseguir vir se assim
Saberás que tem grandes limitações
E que ao contrario do que todos diziam
Estas limitações são suas dádivas
Pois só se superam os limites
Aqueles que reconhecem que os tem
Se conseguires vir se assim
Perceberás que és humano
Que és falho, que se fere, que se magoa.
E sabendo disto terás mais cuidado.
Cuidado com outros humanos como você
Que também são falhos, que se ferem, que se magoam.
Se conseguires vir se assim
Não dependerá de como outros te vêem
Mas sim como você se vê
Por isto feche os olhos e veja...


Ricardo de Souza Ângelo

O Beijo Roubado


O Beijo roubado
É beijo não permitido
É crime não condenado
É assalto de mãos desarmadas
É fingi assaltar
Quem na verdade que ser assaltado
O beijo roubado
É beijo romantizado
É pecado perdoado
É roubar e ser roubado
É ser vitima e ser culpado
É ser inocente e ser suspeito
Por ser suspeito é crime imperfeito
Pois crime perfeito
Não deixa suspeito.


Ricardo de Souza Ângelo

Desejo proibido


Desejo-te mesmo sabendo que não pode
Mesmo que isto seja impossível
Mas com seu sorriso, sua boca
Como não posso desejá-la.
Rosto de anjo, corpo de Afrodite
Pecado desejado
Queria não querer, mas quero.
Quero toca sua boca, seu pescoço
Sentir sua pele, ter seu cheiro.
Possuir seu corpo e ter sua alma.
Queria que fosse minha só hoje
Só hoje queria dizer que te tenho
Que é realidade sua presença,
Mas se não posso tocar seu corpo
Deixa-me senti sua alma
E cativar seu espírito.


Ricardo de Souza Ângelo

Pensamentos vagos


Sabe aqueles coisas estranhas que passam em nossas cabeças, tipo o que seria possível se existisse uma máquina do tempo ou como seria poder voar como super-mam, hoje estou imaginando o que estava fazendo agora neste exato momenta á cinco anos ou dez, o que estava pensando difícil saber na verdade nem sei, porque estou pensando nisto agora. Têm horas que fico imaginando se houvesse universo paralelos onde eu neste momento estou vivendo meu passado sem saber que vou chegar até aqui e, mais interessante se estiver vivendo o futuro em outra dimensão enquanto escrevo isto, parece loucura, mas já penso como nossas vidas tem horas que nos da esta sensação de já ter feito a mesma coisas farias vazes, mas dentro desta minha neurose eu queria me ver a uns dez anos e ver como eu estava ansioso com tanta coisa que não era pra ficar, queria ficar frente a frente comigo e ver se ele ou eu veríamos algumas diferenças, como seria eu me aconselhando, já penso que conselhos você se daria a dez anos eu diria para aprender inglês, iria dar-me tanto conselho que eu deixaria de ser eu, mas seria muito interessante, pois teria a oportunidade de saber o que realmente mudou em mim, que valores se perderam ao longo dos anos e quais ficaram, pois quanto mais o tempo passa mais ilusório ficam nossas lembranças de quem realmente éramos ao contrario de alguns dizerem eu não preferiria ser uma metamorfose ambulante mesmo sabendo que não é uma boa opção ter aquela velha opinião formada sobre tudo, mas creio que viver mudando diariamente de pensamento é tão ruim quanto ter velhas opiniões, e meio termo e quase sempre o melhor caminho, pois tem coisas que realmente muda com o tempo, mas isto não significa que todas devem mudar, o que mais me intriga, é saber o que pode mudar ou principalmente o que não deveria mudar, ao longo da minha curta existência percebi algo que nunca muda que é o nosso olhar, nunca muda, pode pegar suas fotos mais antigas e verás que seu olhar ainda permanece o mesmo, talvez a explicação para isto esteja na famosa frase que os olhos são as janelas da alma, quem sabe nossa alma seja nossa única essência realmente imutável.


Ricardo de Souza Ângelo

Amanhã talvez eu esqueça


Amanhã talvez eu esqueça
Esqueça que ontem fui amado
Amado por alguém especial
Que hoje não me ama mais

Amanhã talvez eu esqueça
Esqueça dos beijos de ontem
Dos lábios bem desenhados
Que hoje não sinto mais

Amanhã talvez eu esqueça
Esqueça dos lugares de ontem
Onde vivemos a magia do amor
Que hoje não vivemos mais

Amanhã talvez eu esqueça
Esqueça de quem éramos ontem
Onde um era tudo para o outro
E hoje não somos nem outro, muito menos um.

Amanhã talvez eu esqueça...


Ricardo de Souza Ângelo

A nossa música



Uma melodia, uma letra,
Um ritmo, uma nota.
Um grave, um agudo.
Poesia cantada
Verso e estrofes entre cifras
Assim faz uma musica
Mas há aquela musica
Aquela que toca dois corações
Aquela que faz você viajar no tempo
A mesma que toca na radio no dia certo
Sim estou falando deste tipo de musica
Aquele tipo que os casais tomam posse
Para poderem chama de nossa música
Este tipo de musica vem recheado...
Com momentos indizíveis
Com palavras ditas com olhares
Com conversas não verbais
Com lugares inesquecíveis
Nossa musica
Ainda continua sendo nossa
Mesmo que os casais não estejam juntos.
Porque a nossa musica
Não esta firmada só no que esta acontecendo
Muito menos no que esta para acontecer
Mas principalmente no que aconteceu.


Ricardo de Souza Ângelo

A nudez do poeta


Para o poeta escrever é se despir
Se despir do racional,
Da frieza do dia a dia
É deixar a alma nua
É expor sua nudez sem pudor
É se mostrar mesmo com dor
É ficar nu diante de suas palavras
É estrepites com versos e poesias
É se expor pra quem ama
É pra quem gostaria de amar
É ficar nu em praça publica
Por mostrar o que sente
É nudez despida com a pena
É revelar sua alma nua em dilemas
É nudez em forma de rimas
É alma despida da carne
É nudez de sentimentos escondidos
É raiva nua e crua
É alma explícita com letras
É se mostrar mesmo escondido
É posar nu em estrofes
É ficar pelado diante da vida
Da vida sentimental
É expor com maestria
A todos que ler sua nudez
Em forma de poesias


Ricardo de Souza Ângelo

Patrimônio mineiro



Para mim nosso maior patrimônio não é nenhuma cidade ou praça, igreja ou escultura, por mais linda que elas sejam.
Não tenho dúvida que nosso mais sublime patrimônio é o nosso povo, a nossa gente.
Povo humilde, de coração simples, de mente forte e sonhadores por natureza.
O que faz este povo ser tão especial, tão feliz, tão uai sô?
Dizem que Deus quando criou o Brasil fez uma pequena brincadeira conosco.
Não nos deu um litoral e para ficar mais difícil de ver o mar, criou enormes muralhas que chamamos montanhas.
Foi ai que tudo começou...
Tivemos que ser mais fortes que os demais para desbravar montanhas e criar cidades Também dizem que foram estas montanhas que nos fizeram sonhar mais alto
Porque desde meninos aprendemos a sonhar acima delas
Se é lenda ou verdade, nós nunca vamos saber, mas uma coisa eu sei,
Tiradentes, Aleijadinho, Carlos Drummond, Pelé, Juscelino Kubitschek, Tancredo Neves, Santos Dumont e tantos outros que faltaria espaço para escrever seus nomes, são verdadeiras provas que nós, mineiros, sonhamos um pouco além que os demais, por isso temos o rei do futebol e o pai da aviação.
Todos estes nomes famosos, só refletem a alma de um povo simples, hospitaleiro, que preserva o passado sem jamais deixar de olhar para o futuro.
Se São Paulo é a locomotiva do Brasil, por causa da sua economia e o Rio, o cartão postal pela sua beleza, com certeza Minas Gerais é a alma do Brasil pelo povo maravilhoso que tem.
Este é para mim nosso maior patrimônio
Você e eu temos o privilégio de sermos mineiros.

Ricardo de Souza Ângelo

Verbo amar


Amar palavra tão pequena, mas nunca foi simples...
Nunca na história esta palavra foi tão banalizada
Tão futilmente utilizada, tiraram sua beleza, seu glamour, sua essência,
Adulteraram o valor de sua pronunciação
Hoje se conjuga o verbo amar, como se diz bom dia em um sindicato, como se este verbo fosse mais um artifício de viver educadamente correto
Amar nunca foi fácil, então porque este verbo é tão utilizado nesta geração do ficar
Penso que esta geração utiliza este verbo de maneira desordenada, como uma maneira de enganar a si mesmo.
Pensando que no muito utiliza-la, seu real valor se torne realidade.
Esta geração da informação esqueceu que para conjugar o verbo amar é preciso da conjugação de outros verbos como, abnegar, renunciar, sofrer, apoiar.
Ao aprendermos viver na era da comunicação, deixamos de comunicar com o coração, Vendemos nossa humanidade para tecnologia já se fala em humanóides com inteligência artificiais, mas pensando bem já somos humanóides, pois trocamos o conhecimento pelo sentimento, amamos as coisas e usamos as pessoas.
Só queria saber onde está o verbo amar nesta sociedade órfão de paz e viúva de amor, Abrimos nossa caixa de pandora disfarçada de revoluções tecnológicas.
Pegamos o fogo de Prometeus, mas não pegamos a justiça de Atena nem o amor de Afrodite.
Hoje vivemos na superfície do verbo amar
Vivemos morrendo...
Nossa sociedade está doente de alma
Já não temos mais valores absolutos, agora tudo é relativo, tudo depende do ponto de vista.
Hoje estamos presos naquilo que chamamos de liberdade
Só queria saber quem foi que assassinou o verbo amar, em busca do amor assim como aqueles que criam guerras com a desculpa da paz.
Diante da tristeza desta raça caída o que me dá esperança é saber que o amor ainda é o centro da vida de alguns...
Não muitos, raros que teoricamente ainda conseguem conjugar o verbo AMAR.


Ricardo de Souza Ângelo

Saudades de alguém


Sabe aqueles dias que você acorda com saudade de alguém que há muito tempo você não vê nem ouve falar como ela esta.
Você acorda com uma tristeza saudosista seu coração fica apertado e seu dia é uma eterna fuga desta realidade do hoje em busca da ilusão do ontem que hoje parece tão lindo.
Nestes dias quando você fica sozinho e fecha os olhos você consegue sentir o cheiro da pessoa que você passou anos tentando esquecer, ou melhor, dizendo, fingindo que queria esquecer, você ainda sentir o gosto do beijo, e o som daquela voz que ainda repete em sua mente como trilha sonora da parte mais feliz de sua existência, atè o brilho dos olhos dela quando você dizia que a amava ainda permanece como uma fotografia em sua mente, por mais que pareça loucura você sente o calor do corpo e o contágio da risada, do modo como meche os braços e aperta os dedos, e quando por este capricho do destino que apelidamos de acaso você escuta no rádio a música que era a melodia que navegava este amor que se perdeu no mar do tempo, e ali sozinho, perguntas não feitas no passado agora parecem imprescindíveis, nestes dias você não tem ninguém pra falar, porque ninguém entenderia tamanha loucura, ou porque ninguém gosta de se comprometer que também passa por isto, mas os sentimentos são universais.
E todos, um dia já passaram ou vão passar por isto, admitindo ou não, para os covardes que não tem coragem de se expressarem lhes empresto esta crônica, mas espero que faça bom uso dela, e não tentem se enganar e procurem saber o porquê do autor ter escrito tamanha verdade, mas escuta um conselho de uma amigo, só deixam as palavras da vida, aos sentimentos há tanto tempo sufocados, só não me pergunte se isto e bom ou se isto só pioras as coisas, pois também não tenho resposta para tal dilema.
Mas termino esta crônica com uma única certeza que tudo isto já faz parte de nos e negar nunca foi uma boa solução. Mas hoje eu só queria escrever isto para ficar registrado que nossos sentimentos e nos somos um, ainda que alguns creiam que não.


Ricardo de Souza Ângelo

Estrangeiros na minha cidade



Você já se sentiu estrangeiro em sua própria cidade, bairro ou subúrbio eu sou o típico cidadão do interior daqueles de cidadezinhas onde todos se conhecem, onde o ponto de encontro e sempre a praça principal, mas hoje me sinto um estrangeiro me sinto como um cego que entra em uma casa nova, pois já não conheço, mas todos os rostos que passam sobre mim, as ruas parecem mais estreitas com os calçamentos.
Onde ficava o velho campo de rara grama nativa e abundancia de terra, agora tem uma quadra de concreto e ferro;Nem a pracinha e mais a mesma nem posso canta aquela musica do Ronivon “a praça” pois os bancos não são os mesmos, muito menos o jardim e as flores, as pessoas também mudaram as crianças de antes agora são jovens os jovens agora são adultos e os adultos velhos e os velhos eu não preciso nem dizer, isto tudo me leva a sentir estrangeiro em um lugar onde sempre vivi mesmo vendo as coisas mudando aos poucos, mas agora olhando para trás me assusto como tudo mudou, e como um estrangeiro, ando sobre e chão da minha cidade buscando vestígios de um tempo que não volta mais, os vestígios não são da velha cidade das antigas casas e lugares mas vestígios da minha infância e minha adolescência, escondidas por detrás desta fachada nova que cobriu meu recanto existencial, como peregrino em terras alheias vejo o novo com saudade do velho, vejo o hoje com lembranças do ontem, em minha mente esta gravada uma memória fotográfica de tempos e momentos como num álbum de fotos antigas, e vez ou outra eu abro este álbum que é um dos poucos vestígios que restou, o engrado e que eu também mudei, mas ainda gosto das velhas musicas, dos velhos hábitos das velhas gírias o que me alegra e que posso ser um estrangeiro e talvez ate um turista em minha própria cidade, mas o que ninguém pode mudar é que ela foi é e sempre será minha cidade.


Ricardo de Souza Ângelo

Sua foto


Vejo sua foto
E sinto o seu cheiro
Cheiro dos seus cabelos
Dos seus cabelos em meu rosto

Vejo sua foto
E sinto o seu gosto
Gosto dos seus lábios
Dos seus lábios em minha boca

Vejo sua foto
E sinto o seu calor
Calor do seu corpo
Do calor do seu corpo sobre o meu

Vejo sua foto
E ouço o seu som
Som da sua voz
Da voz que dizia que me amava

Vejo sua foto
E vejo o seu brilho
Brilho dos seus olhos
Olhos que hoje eu não vejo mais.
Ricardo de Souza Ângelo

Só por hoje


Só por hoje
Queria tela ao meu lado
Queria ouvi-la dizer que está triste
E que ainda precisa do meu ombro

Só por hoje
Queria enxugar suas lágrimas
Tocar sua face lentamente
E dizer que ela ainda fica linda chorando

Só por hoje
Eu queria olhar para ela e ver
O quanto ela ainda me admira
E que ainda se importa comigo

Só por hoje
Eu queria que ela tivesse do meu lado
Só pra dizer obrigado
Obrigado por ter sido quem foi
E por me ensina a ser quem sou.
Só por hoje.

Ricardo de Souza Ângelo

Sonho acordado


Sonho acordado e acordo sonhando
Sonho a com a realidade
Acordo com a fantasia
Fantasia desta vida
Vida que parece surreal
Surreal de mais pra se viver
Viver neste mundo tosco
Desta vida torta
De valores relativos
Sonho acordado
Com a esperança no hoje
Para torna realidade no dia de amanha.

Ricardo de Souza Ângelo

Triste incerteza


Vejo em seus olhos a incerteza
A dúvida que esconde sobre tua face.
Onde a única certeza é a duvida
Duvida do que senti
Do que pensa
Ou do que não gostaria de sentir
E muito menos pensar
Pensar nos porquês
No talvez
Ou crer no que seria impossível
E só por um momento poder acreditar
Acreditar que a magia pode ser real
Que tudo que é mágico deveria ser eterno
Acredita nos contos de fadas
Crer no viveram felizes para sempre
Mas, infelizmente a magia termina.
Termina com o grito da realidade
Com os compromissos marcados
Com a aliança com a sociedade
Termina com fim do sonho
Na ultima estrofe
Do ultimo verso da poesia.

Ricardo de Souza Ângelo

Presente


Entre o ontem e o amanhã
Entre passado e o futuro
Entre o saudosismo e a ansiedade
Tempo real ponteiro acelerado
Isto é o presente
É o agora
É o já
É o momento vivido sem o amanhã
É o hoje sem o ontem.
E caarpe diem
E não pode errar
E não ter replise
É viver o hoje
Com a certeza que ele morrerá amanhã.

Ricardo de Souza Ângelo

sábado, 31 de maio de 2008

Triste Beleza

Sobre esta tua face pálida
Deste teu corpo quente
Com este olhar tristonho
Sobre esta boca sedutora
Esconde quem tu és
Ou quem tu gostarias de ser
Ontem triste, hoje alegre.
A manhã quem sabe
Quem és tu?
Ou o que esconde?
És tu um anjo?
E porque esconde suas asas?
Porque não voa anjo meu?
Voa a meu encontro
Cobre-me com tuas asas
Ou me leva em teu vôo
E sobre as nuvens que é teu lar
Deixe-me tê-la ainda que estejas triste
Pois sem beleza sei que nunca há de estar.

Ricardo de Souza Ângelo

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Pensar e sentir

Penso no que sinto
Mas já não sei se sei sentir.
O meu sentir já virou racional
Pois para sentir tenho que ter uma razão
Mas para ter razão não e necessário sentir
Logo meu sentimento se torna irracional
E se eu me tornar racional talvez deixe de sentir
Se a razão vem do pensar, de onde vem o sentir?
Se eu penso logo existo
Se eu sinto logo não existo
Se não existo por sentir
Mas sim por pensar
Para que seve viver
Pra viver sem sentir
E o mesmo que morre sem pensar
Mas se pensamos e não sentimos
Então morremos e não vivermos
Pois penso que viver e sentir
E sentir e pensar com emoção
Por isto vivo pensando
Nos sentimentos vividos no meu coração.
Ricardo de Souza Ângelo

Vida e Morte


Eu morro diante da vida
E vivo diante da morte
Morro de ver a vida mal vivida
E vivo com a mortificação do morrer
Morro na banalização da vida
E vivo na valorização da morte
Na morte pela liberdade
Dos mártires da paz
Eu vivo na morte de Zumbi
No martírio de Tiradentes
Eu morro com a vida da burguesia
Desta juventude consumista
Morro com a vida estudantil
De conhecimento em massa
Corrompida pela falta de pensar
Eu vivo com a morte do inocente
Que me faz pensar que poderia ser eu
Ser eu na bala perdida, no volante do bêbado
Eu morro com a vida dos não pensantes
Daqueles que não questiona o próprio viver
Eu morro com a vida daqueles que estão do meu lado
E não ver eu sofre com um sorriso falso no rosto
Eu vivo na morte de um aborto
Em saber que aquela criança
Não vai ver a luz deste mal que chamamos de mundo
Eu morro diante da minha vida
Por não saber viver como as pessoas
Queriam que eu vivesse.
Ricardo de Souza Ânagelo

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Encontro inesperado


Sabe aqueles encontros inesperados que acontece em nossas vidas com pessoas que já foram tão importantes para nós, pessoas antes tão íntimas que se tornaram tão distantes. Em geral, estes encontros começam com sorriso de canto de boca forçado, algumas vezes não passa disso, outras vem acompanhado de um cumprimento formal, como se forcemos pessoas comuns um para o outro, mesmo sabendo que não, tem oportunidade que ate sai um dialogo bem objetivo e frio e você olha nos olhos daquela pessoa que um dia foi à razão de sua existência, e agora por petulância do destino você não conseguiu dizer o que realmente gostaria. Muitas vezes dizemos que estamos ótimos, mas na verdade queríamos dizer que ela ainda é importante pra gente, que ainda pensamos no tempo que estivemos juntos, que nos lembramos de seu aniversario mesmo que não liguemos para dar parabéns. Você não sabe se ela também pensa assim, mas quando seus olhos se encontram, você percebe que ela ainda passa a mão no cabelo quando está nervosa e que seus olhos ainda brilham ao te ver, que ela ainda é refém de sua presença, assim como você é da dela. Depois você se despede sem falar ou ouvir o que realmente queria e a única coisa que resta é uma alegria angustiante que muda seu dia com pensamentos diversos. Esse tipo de encontro machuca muito, porém deixa uma ferida gostosa de saudade de alguém que hoje você finge não ser nada, mas que sabe que é muito especial e especial demais para serem só amigos de papos longos. O que me consola é saber que se percebo tudo isso creio que ela também percebe. Na verdade, vivemos na esperança de um dia termos um encontro, onde possa ser eu e ela possa ser ela, ou que possamos ser nós, com nós mesmos.

Ricardo de Souza Ângelo

Mãe


Mãe é anjo sem asas
É amar além do amor
É doar-se alem da dor
É gerar só por amor

Mãe é morrer se preciso for
Pelo filho do seu amor
Que das suas entranhas saiu
Na alegria vestida com dor

Mãe é acordar em meio a noite
Para acolher em seu colo terno
E sustentar com sua vida
Através do alimento materno

Mãe é coração sangrando
É doar-se por sua cria
É viver sempre amando
Na tristeza ou na alegria

Mãe é agir com sentimento
E amor incondicional
É estar em favor do filho
Ainda que irracional

Mãe é ter para onde voltar
Quando não se tem para onde ir
É ter onde chorar
Quando não temos motivo pra sorri

Mãe é café na cama
É chá quanto se esta resfriado
É frango no fim de semana
É não querer ver o filho magoado

Mãe é morte aceitável pelo filho
Mas o filho não é morte aceitável pela mãe
Porque o filho não vive para mãe
Mas para a mãe o viver são os filhos

Mãe é uma dádiva de Deus
É presente divino
É sempre ver o filho
Como fosse um menino

Mãe é palavra não dita
É língua não inventada
É dicionário incompleto
Mãe é mãe e mais nada!
Ricardo de Souza Ângelo

A tristeza

Tristeza que me faz feliz
Hoje triste sim... Angustiado talvez
Mas feliz não mais...
A tristeza virou minha inimiga íntima
Já nem sei se ela é inimiga.
Pois sua companhia já me é desejada
Ela já é amante das minhas noites.
E com ela passo todos os momentos de dor
A tristeza já me deixa feliz
E a felicidade já me deixa triste
Já não sei separar uma coisa da outra
Ou a outra coisa de uma
Só sei que triste estou
Aquela tristeza gostosa que faz sentir frio
Aquela tristeza aconchegante
Não que eu seja masoquista
Mas é que a tristeza já faz parte de mim
E não sei se quero que ela vá embora
Quando estou alegre sinto crise de abstinência
Por falta da minha tristeza de estimação
Tristeza não só da ausência de alegria
E muito menos falta de felicidade
Tristeza e pensamentos inacabados
E momentos no quarto sozinho
E viver a angustia com prazer
E prazer mesmo no sofrer
Ricardo de Souza Ângelo

Hoje eu não queria ser eu


Hoje eu acordei com raiva de mim
Eu queria não ser eu
Não sei o que queria ser
Mas eu, com certeza, não queria
Queria não pensar como penso
Só por hoje eu queria ser outro
Pois já não suporto mais minha presença
E me ouvir já está insuportável
Não agüento mais minhas neuroses
Quero ser uma outra pessoa
Com outras manias e hobbis
Quero odiar as coisas que gosto
E gostar das coisas que odeio
Quero parar de ser naturalista
Quero desmatar a Amazônia
Matar o boto cor de rosa
Extinguir a arara azul
Hoje eu não quero ser eu
Este ser pensante que questiona tudo
Só hoje queria acreditar que as pessoas são boas
Que o mundo é um bom lugar para se viver
Que o sonho não acabou
Hoje eu não queria ser eu
Queria ficar longe de mim mesmo por um tempo
E saber se teria saudade de mim
Será que eu sentiria minha falta?
Ou minha ausência não seria sentida nem por mim
Hoje eu só queria ser outro
Ainda que o outro fosse pior do que eu.
Ricardo de Souza Ângelo

Poesia da Salvação


Longe de ti, nasci.
Cresci sem te adorar
Quando pensava ter tudo, não te ofereci nada
Quando nada tinha, o Senhor me ofereceu tudo
Mesmo me rebelando me amou
A cruz que era minha ele tomou
A morte que eu procurei foi ele quem achou
Logo, de pecador a santificado passei
Santificado sim, sem pecado não ainda
Criatura agora não sou mais
Pois filho logo me tornei
Aceitei a Jesus Cristo
Não como sábio, filósofo ou profeta.
Mas aceitei como meu Salvador
O Senhor da minha vida
O capitão da minha alma
O merecedor do meu amor
Pois antes que eu o amasse
A sua vida ele entregou
Para cumprir o seu propósito
E manifestar a sua graça
Escreveu com sofrimento e dor
A mais linda das poesias
O seu título era amor
Poesia escrita com sangue
Sangue do meu redentor
Onde a cruz era a pena
Que sobre seu corpo escreveu
O pagamento da promissória
Que condenava você e eu.
Ricardo de Souza Ângelo

A dor de Cristo


Foi à dor da traição
Traição de um discípulo
Que com um beijo algemaram sua mão
E feriu seu coração

Foi à dor do abandono
Da fuga de seus amigos
Dos mesmos que ele orava
Enquanto estavam dormindo

Foi à dor da negação
Negação de um amigo
Amigo que o negou três vezes
Um amigo chamado Simão

Foi à dor da humilhação
Cuspiram em sua face
Face do Deus-homem
Que trazia a salvação

Foi à dor da multidão
Que o rejeitou com um clamor
Os mesmos que comeram o pão
Multiplicado pelo meu senhor.

Foi à dor do seu povo
Daqueles que preferiram o assassino Barrabás
A um humilde carpinteiro
Conhecido como príncipe da paz

Foi à dor do chicote, da coroa de espinho
Do carregar a cruz pesada
Na via dolorosa
Da queda no caminho

Foi à dor do gogota
No prega os pés e a mão
Ao levantar da cruz
No zombar da multidão

Foi dor do pecado
De pecados que ele não cometeu
Pecados meu e seu
Pecados que ali morreu

Foi à dor da ira de Deus
Recebida em nosso lugar
E com o grito esta consumado
Morreu pra nos salvar.
Ricardo de Souza Ângelo

De todas que me apaixonei...

De todas que me apaixonei
Você não foi a mais bela nem a mais fera,
De todas que me apaixonei
Você não foi nem a mais delicada nem a mais meiga
De todas que me apaixonei
Você não foi a que eu mais abracei nem a que eu mais beijei
De todas que me apaixonei
Você não foi a mais fácil nem a mais difícil que conquistei

De todas que me apaixonei
Você não foi a que mais me dediquei ou mais me importei
De todas que me apaixonei
Você não foi nem a mais frágil nem a mais forte
De todas que me apaixonei
Você não foi a mais plebéia nem a mais nobre
De todas que me apaixonei
Você não foi a mais humilde nem a mais culta

De todas que me apaixonei
Você não foi mais alta nem a mais baixa
De todas que me apaixonei
Você não foi a mais morena nem a mais clara
De todas que me apaixonei
Você não foi a primeira nem a ultima
Mas de todas que me apaixonei
Você foi à única que realmente eu amei.
Ricardo de Souza Ângelo

Hoje eu a vi

Hoje eu a vi,
Vi como nunca tinha visto antes,
Não estava com lindas vestes,
Mas linda com certeza estava,
À vela senti-me triste,
Como triste era a manhã deste dia
Que nem o sol se dispôs a brilhar.
Meus olhos buscavam exílio nos dela
E os dela não buscavam nos meus
Logo percebi que sua face fugia de mim
Então me calei mesmo falando.
Eu queria dizer tantas coisas,
Mas acabei não dizendo nada,
Ou melhor, nada que eu realmente queria dizer,
Fiquei ali a admirá-la,
Sentindo meus lábios falar coisas sem nexo
Percebi em sua face meiga,
Que ela também não entendia nada
Mas penso que ambos entendemos tudo,
Ali desarmados, feridos,
Percebemos que o tempo além
Das pessoas e os seus sentimentos,
Muda também o jeito da comunicação,
Antes calorosas palavras que fluíam,
Hoje forçadas palavras rígidas e frias,
Mas o que mais nos deixa pensativos,
É que dentro de nós, lá no fundo.
Ainda somos os mesmos,
Mesmo que parecêssemos estranhos.
Ricardo de Souza Ângelo

Como nasce e morre um beijo?

Nasce com um olhar,
Olhar suspeito quase receoso
Olhar que vira atração
Atração predatória
Como um leopardo em busca de sua presa

Morre no bater dos dentes
No gosto não esperado
No horário chegado
No calor venerado

Nasce com um sorriso
Sorriso meigo sedutor
Sorriso de cumplicidade
Cumplicidade insana
Como um louco sem paz

Morre nos lábios sedutores
No queixo furado
No pescoço perfumado
Na mão boba ao lado

Nasce com um toque
Toque quente quase blasfemo
Toque de desejo
Desejo quase incontrolável
Como uma crise de abstinência

Morre na falta de fôlego
No medo de ir além
No pecado proibido
No desejo condenado

Nasce da alma aflita
No clamor do corpo
De lábios pecadores
Dos corações apaixonados

Morre na língua dúbia
Na boca adultera
Nos lábios traídos
Dos olhos infiéis.
Ricardo de Souza Ângelo

O poeta, a cena, e a pena

O poeta e uma pena
E uma tinta e uma cena
Um olhar sem calar
Na pena seu paladar

O poeta é pintor
Seu pincel é a pena
Sua tela o papiro
As palavras na cena

O poeta é alma com pena
É paixão escrita sem tema
É amor na ponta da pena
É viver sempre um dilema

O poeta é sentimento vivido
É sofredor do amor bandido
O amor na margem da cena
Descreve com sua pena

O poeta é alma fora da cena
Com lágrimas de tinta
Revela a alma com a pena
Com o coração dentro da cena

O poeta é amor rejeitado
Quer chorar com sua pena
O amor que não o deixou
Participar da cena

Ricardo de Souza Ângelo

Solidão


Solidão não é estar só
É estar sem...
Sem seu sorriso, sem seu calor
Sem seus beijos, sem sua dor

Solidão não é estar longe do corpo
É estar longe da alma
É corpo presente de alma ausente
É estar perto de alguém,mas sem...
Sem seu carinho, sem seu amor

Solidão não mata, mas frustra a vida.
Não deixa só, mas solitário.
Não é ausência de amor
Mas amor ausente.

Ricardo de Souza Ângelo

sábado, 5 de abril de 2008

Velha infancia


Em meio à correria do dia a dia às vezes nos perdemos com a crueldade do tempo, que tende a nos engolir, e esquecemos de partes importantes de nossas vidas, como a nossa infância. Acredite, existia vida antes do play station, internet, MP3, e toda esta parafernalha que achamos tão indispensáveis hoje. Dias atrás, um fato me fez relembrar a minha infância perdida: foi quando o cruel progresso camuflado de blocos de concreto cobriu o chão de terra de minha rua, ao ver a alegria nos olhos de todos aqueles que não mais iriam pisar na lama, nem no pó da terra, confesso que por alguns instantes esta alegria me atingiu, como também me atingiu um saudosismo sufocante, quando uma espécie de vídeo tape dentro de mim repassava toda minha infância de maneira tão real. Lembrei-me dos desenhos que fazia sobre a tela natural criada após a chuva que caía sobre a terra, fazendo dela matéria-prima para nossa criatividade. Me lembrei também das represas que fazíamos para deter a correnteza da chuva, dos riscos das amarelinhas, dos triângulos de biroscas, do pião furando o chão, tantas lembranças que hoje estão encobertas não só pelo concreto feito de areia e cimento, mas daquele feito pelo tempo, que insiste em apagar da nossa memória uma das partes mais felizes das nossas vidas, mas o que me conforta é saber que estas lembranças não são só minhas e sim de todos aqueles que a viveram, e quando nós nos encontrarmos teremos a certeza que nem o progresso, nem mesmo o tempo pode apagar estes momentos que foram vividos para serem eternos. Como eterno é tudo aquilo que é inesquecível.

Ricardo de Souza Ângelo

Um dia Especial


Dias vêm, dias vão, como um rio que deságua no mar e não volta mais, mas esta mesma água corrente deixa suas marcas por onde passa, deixando feridas nas margens como sinal de que um dia passou por ali, assim também em nossas vidas os dias passam de forma tão rápida que não percebemos o real valor de cada dia, de cada instante, de cada momento, de cada ferida na margem, mas tem aqueles dias que a correnteza vem mais forte como uma itsuname não só ferindo as margens, mas a rasgando dando a ela uma nova forma deixando um sinal mais que visível, mostrando-nos que algo muito forte aconteceu. Assim alguns dias de nossas vidas fogem totalmente do nosso cotidiano nos dando mais do que horas entre o nascer e o pôr do sol, estes dias são aqueles que você nunca ira esquecer, mesmo que ele não tenha uma borda vermelha no calendário ele será um dia especial, não por algum fato histórico, mas pelo simples valor dos momentos que este dia proporcionou. Às vazes estes dias se tonam especiais não pelo que você fez, nem muito menos pelo lugar em que você estava, mas se tornou especial pelo simples fato de com quem você fez e com quem você estava. Dias especiais como estes passam rápido, fazem com que as horas pareçam segundos, fazem com que o mundo se torne pequeno, mas não solitário, simples, mas jamais fútil, simples detalhes porem inesquecíveis, dias como este jamais acabam pois a memória nos faz com que sejam revividos a cada lembrança ,a cada fuga da realidade. O bom é que estas lembranças nos dão uma esperança de que cada dia será uma nova oportunidade de um dia especial, mesmo sabendo que estes dias são raros, como e raro tudo aquilo que é perfeito, sublime e encantador. Talvez dias especiais como estes nunca mais venham acontecer, mas o que realmente importa não é se vai voltar a acontecer, mas sim já ter acontecido, e é isto que faz dele um dia especial.
Ricardo de Souza Ângelo.

O que é ser especial


Estes dias me afogando na minha melancolia resolvi pensar naquelas pessoas que chamamos especiais, o que realmente faz com que elas mereçam este titulo tão sublime, o que realmente é especial? Hoje temos valores muito frágeis vemos pela tv e jornais pessoas sendo chamadas de especiais por terem sucesso no esporte, por ganharem títulos ou quebrarem recordes, outros são chamados especiais pelo nível intelectual ou cultural que adquiriram, por outro lado tem aqueles que são chamados de especiais por serem pessoas menos favorecidas.Na minha humilde opinião todos os dois lados estão errados, uma pessoa não é especial por aquilo que tem ou deixou de ter, mas por aquilo que ela é. O belo, o perfeito, o sublime esta acima do recorde, do intelecto, da falsa piedade, pois alguém só é especial quando ele mesmo acredita não ser, mas é . Nenhuma das pessoas especiais que eu conheço ganhou o prêmio Nobel de ciência, ou participou de alguma olimpíada ou algo parecido, mas são especiais pelo simples fato de serem gente como a gente; gente que ri, gente que chora, gente que diz tudo e gente que não diz nada, gente que gosta de estar perto, gente que gosta da voz, gente que faz raiva, gente que nos faz feliz, gente que gosta da gente, se você conhece este tipo de gente saiba que você também é especial por ter gente como estas ao seu lado, e espero que você, eu, todos nós sejamos gentes assim especiais pelo único mérito de ser gente. E nunca se esqueça se uma pessoa não é especial para você não quer dizer que ela não seja para alguém, porque ser especial não é ser uma unanimidade, na realidade nós só somos especiais para um número muito pequeno de pessoas, e é realmente isto que nos faz especiais para elas e elas para nós. Mas infelizmente temos a tendência de só perceber que uma pessoa é especial quando sentimos sua falta, quando vemos sua partida e lembramos como era boa sua presença, que possamos entender os valores destas pessoas na simplicidade do nosso dia a dia antes que elas partam.

Ricardo de Souza Ângelo

Os cinco sentidos


Visão, audição, tato, olfato e paladar.
Cinco sentidos, que às vezes perdem o sentido.
Para que visão, se vemos mal?
Se vemos o que não deve
Ou só vemos o que nos convém
Seria errado dizer,
Que somos cegos que enxergam.
Ou que enxergamos cegamente
Não seria cego aquele que e privado
de ver a quem mais deseja?
Do que vale ver, se nossos olhos,
não vêem quem eles procuram?
Para que audição? se nos tornamos surdos
Por não sabermos ouvir,
E por não podermos ouvir o som
de quem se deseja.
Ou pior, ouvir o que não se deseja,
Da pessoa que deseja
Ou não seria melhor ser surdo?
Do que serve o tato?
Se não podemos tocar o que nos fascina.
Do que vale tão sublime sentido?
Se não podemos acariciar o objeto da nossa admiração.
E do que serve o olfato?
Se o cheiro que me sacia, foge de mim.
Do que vale todas as outras fragrâncias?
Se me é negada a única que minha alma deseja.
A única que queria infiltrado em minha pele.
E o que podemos dizer do paladar?
Sentido este que nos dá o sabor
Que nos diz se algo é gostoso ou não
Mas de pouco vale o paladar
Para aqueles que não sabem o que saborear
Ou muito pior, aqueles que sabem.
E não podem saborear.

Ricardo de Souza Ângelo

O sonho


Esta noite tive um sonho...
Sonhei que tinha encontrado alguém especial.
Alguém que eu não podia ver, nem tocar.
Alguém que eu só podia ouvir e sentir
Alguém que me fazia feliz,
Alguém que me fazia lutar.
Alguém que me fazia sorrir,
Quando eu só queria chorar.
Alguém que me ensinou a orar
Como uma criança, e lutar como homem.
Alguém que me fez acreditar no amor,
Quando este já em mim estava extinto.
Alguém que me tirou de um mundo só meu,
E me deu parte do seu.
Para que tivéssemos um só mundo.
Neste mundo, havia flores num jardim.
Havia príncipe e princesa.
Havia amor que não tem fim.
Havia menino sonhador,
havia menina apaixonada, esperando na janela.
Havia promessas minhas, e dela,
Promessas de corpo, e de alma.
Promessas de busca, e espera,
Promessas de luta eterna.
Parecia um sonho irreal, ou um real sonho,
Parecia perfeito, perfeito demais para ser verdade.
Parecia um amor, que o mundo nunca havia visto,
Ou que o mundo não estivesse preparado para ver.
E foi quando eu acordei, e que percebi que era apenas um sonho...
Mas hoje vivo a dura realidade,
Mas na esperança de um novo sonho,
Mas um sonho no qual não venho nunca precisar acordar...

Ricardo de Souza Ângelo

Eu vejo o presente repeti o passado


Eu vejo o presente repetir o passado
Eu vejo um rosto com algumas novidades
Eu vejo detalhes antes me negado
Eu vejo quem é, como se fosse quem foi.
Eu vejo o mesmo olhar numa face diferente
O mesmo sorriso em outros lábios
E como se o tempo lhe tivesse poupado
E lhe esculpido de novo ainda mais bela
Como pode dois seres ter a mesma essência.
Essência essa que sempre me encantou
Assim também como sempre me confundiu
Confunde-me, pois não sei o que diz,
Ou talvez porque tenha medo de saber
Antes eu tinha a desculpa da imaturidade
Hoje a desculpa fútil da cautela
Mas o certo e que sou tão vulnerável
E frágil como sempre fui,
Diante desta face que me encanta.

Muda-se o seu nome, muda-se o tempo,
Mais seu olhar e seu sorriso
Refleti a sua essência que é permanente
Permanência que me confronta
Contra minha própria natureza racional
Como quem zomba da própria razão.
Percebi que esta essência me afeta
Assim também como é afetada
Hoje descobri que sou refém desta essência
Independente de que trajes mortais ela veste.
Que ela transcende não só a linha do meu raciocino
Como também a linha do próprio tempo
Formando uma simbiose perfeita
Entre passado e presente
Como se o tempo e o espaço fosse
Um Eterno vai e vem da historia
Que nos dão novas oportunidades
De acertar o que erramos
Pra fazer o que não fizemos
Dizer o que não dizemos
E ser o que não fomos...

Ricardo de Souza Ângelo

A ilusão desejada


Eu sou a ilusão que desejas
Você é o desejo das minhas ilusões
Eu sou a fantasia que te fascina
Você é o fascínio das minhas fantasias
Eu sou seu sonho mais sonhado
Você é o meu mais sonhado sonho
Eu sou a face oculta da sua realidade
Você é a realidade mais oculta da minha face
Eu sou a magia que te encanta
Você o encanto da minha magia
Eu sou a loucura do seu juízo
Você o juízo da minha loucura
Ilusão e desejo andam juntos,
Na ilusão de que posso eu desejá-la
Eu vivo nesta fantasia de que um dia eu poderei tocá-la
E como um anjo que tanto me fascina
Eu sonho com seus beijos de menina
Mesmo sabendo que lábios pecadores como o meu
Podem morrer ao tocar lábios tão santos como os seus
Na realidade da minha pecadora natureza
Cobre-me o manto da tristeza
Por não poder tocá-la minha princesa
Queria ser puro como sua face e santo como seu coração
Só para poder tocar sua alma e sair desta solidão
Eu me confundo com a magia e a insensatez
Que como louco fico sem juízo, insano talvez.
Mas esta loucura me traz a ilusão que eu mais desejo
De que um dia tu também me deseje.

Ricardo de Souza Ângelo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Não quero muito


Eu só quero um lugar pra ir
Um lugar pra voltar
Uma cama pra deitar
Uma coberta pra cobrir
Uma roupa pra vestir
Um sapato pra calçar
Um perfume pra perfumar
Um erro pra consertar
Uma regra pra quebrar
Um bom livro pra ler
Um bom filme pra ver
Uma pipoca pra comer
Uma musica piegas pra ouvir
Uma saudade pra sentir
Uma lembrança pra lembrar
Uma poesia pra decorar
Uma esperança pra esperar
Um amigo pra conversar
Uma carta para ler
Um ombro pra chorar
Um sorriso pra sorrir
Um abraço pra abraçar
Uma pele pra tocar
Uma boca pra beijar
Um sonho pra sonhar
Um amor pra amar
Uma vida pra viver
Uma fé pra crêr
Um Deus pra adorar
Só isto pra mim basta.
Ricardo de Souza Ângelo

Quem não tem medo?

Tem aqueles que têm medo do escuro,
E aqueles que têm medo da luz,
Tem os que têm medo do passado
Outros têm medo do futuro,
Uns tem medo do fogo
Outros da água,
Uns tem medo da vida
Outros tem medo da morte,
Uns tem medo do amor,
Outros têm medo da falta dele,
Uns tem medo de chorar
Outros têm medo de sorrir,
Uns tem medo de partir
Outros têm medo de ficar,
Uns tem medo de ferir,
Outros têm medo de serem feridos.
Uns tem medo de falar
Outros têm medo de ouvir,
Uns tem medo da insânidade
Outros têm medo da normalidade,
Uns tem medo da ilusão
Outros da realidade.
Uns tem medo de perder
Outros têm medo de ganhar,
Uns tem medo de temer,
Outros temem por não ter medo.
Mas no fim, todos temem alguma coisa.
Ricardo de Souza Ângelo

O que é isto?


Que rasga meu peito...
Que me fere como um punhal que dilacera minha alma
O que é isto?
Que me deixa irracional
E o que é isto?
Que me deixa exilado da felicidade,
e morto diante da vida,
O que é isto?
Talvez isto seja você...
Que passa de olhos baixos
Rosto caído
Semblante triste
Você que não sorri para mim como antes
Você que me sorria tão lindo
Você que tinha olhos altivos
Semblante alegre
O que é isto?
Que me deixa refém das minhas próprias emoções
Que aprisiona o meu racional
Que me deixa solitário em meio à multidão
O que é isto?
Que me deixa surdo em meio aos gritos,
Só por querer ouvir sua voz.
O que é isto?
Talvez isto não seja você e nem eu,
Talvez seja o eu e você,
Que nunca se transformara em nós.
Talvez seja isto...
Ricardo de Souza Ângelo

Pequenos detalhes

Quero falar de pequenos detalhes,
Mas que não tem pequenos valores,
Pequenos gestos,
Pequenas palavras,
Pequenas lembranças,
Pequenos desejos,
Pequenos momentos,
Como pequeno é o coração de quem ama,
Pequeno não pelo tamanho que ele é,
Mas pelo grande amor que ele contém
Amor este que fica pequeno diante do ser amado,
E o que é o amor senão pequeno?
Pequeno o suficiente pra caber em um olhar,
Em um toque,
Em um beijo,
Em um sorriso,
Em uma lembrança,
Em um lugar,
Em uma música,
Em um momento,
Em uma sensação,
Uma sensação de naustagia como quem sonha acordado,
Esperando nunca despertar,
Pequenos detalhes como estes
São o que dá sentido a isto que chamamos de vida
Pois a vida não é um monumento a ser apreciado
E sim um conjunto de pequenos detalhes a ser vivido...

Ricardo de Souza Ângelo

Te gosto


Te gosto, e não sei se gosto de gostar tanto,
Não sei se deveria gostar tanto,
Não sei se e bom gostar tanto,
Não sei o quanto gosto tanto,
Não sei se sabe que eu gosto,
Não sei se gosta que eu goste,
Não sei se sabe o tanto que eu gosto,
Eu só sei que eu gosto,
Gosto porque não consigo deixar de gostar,
Gosto além do gosto de gostar,
Gosto mesmo quando não quero gostar,
Gosto mesmo sem saber o quanto gosto,
Gosto mesmo quando não pareço que gosto,
Gosto do medo de gostar de gostar,
Gosto de brincar que gosto,
Quando não tenho coragem de dizer que gosto,
Gosto mesmo quando todos acham que eu não gosto,
Gosto da esperança de que goste,
que eu à goste,
E de que goste o tanto que eu gosto,
De que goste de gostar assim como eu gosto,
De que goste do meu jeito de te gostar,
Simplesmente porque eu te gosto.
Ricardo de Souza Ângelo

Você pode mudar


Você pode mudar


Você pode mudar o hoje e talvez o amanhã,
Pode mudar o sorriso ou até nega-lo
Pode mudar seu tom de voz ou até não falar comigo
Pode mudar o seu olhar ou até fechar os olhos

Você pode mudar o crepúsculo, mas jamais a aurora,
Pode mudar a chegada, mas jamais a partida.
Pode mudar o efeito, mas jamais a causa,
Pode mudar o fim, mas jamais o começo.

Você pode mudar o que sente, mas jamais o que sentiu,
Pode mudar quem é, mas jamais quem foi.
Pode mudar o que poderia acontecer, mas jamais o que aconteceu,
Pode mudar a realidade do hoje, mas jamais as lembranças do ontem.

Você pode mudar tudo
Quem é, o que pensa o que sente o presente e até o futuro,
Mas jamais poderá mudar
a saudade de cada segundo do nosso passado,
Que por sinal foi lindo.

Ricardo de Souza Ângelo

Lagrimas

Uma lágrima, uma gota.
Um sentimento, uma culpa,
Uma saudade, um adeus.
Uma felicidade, uma tristeza,
Uma desilusão, uma decepção,
Lágrimas que caem,
Lágrimas que correm
Lágrimas que brilham
Lágrimas que doem
Lágrimas que nascem
Lágrimas morrem
Lágrimas da alma
Lágrimas do corpo
Lágrimas que nascem e caem dos olhos
Que correm brilhantes pela face
Lágrimas que fazem doer à alma
E matam aos poucos o corpo
Gotas salgadas, que temperam os sentimentos.
Parte visível das mais diversas invisíveis emoções
Gotas de angustias, de saudade, de tristeza,
De duvidas, de alegrias talvez.
Lágrimas são palavras que o coração escreve,
Com gotas sobre a face, quando os lábios não têm forças para expressar.

Ricardo de Souza Ângelo