sexta-feira, 23 de maio de 2008

A dor de Cristo


Foi à dor da traição
Traição de um discípulo
Que com um beijo algemaram sua mão
E feriu seu coração

Foi à dor do abandono
Da fuga de seus amigos
Dos mesmos que ele orava
Enquanto estavam dormindo

Foi à dor da negação
Negação de um amigo
Amigo que o negou três vezes
Um amigo chamado Simão

Foi à dor da humilhação
Cuspiram em sua face
Face do Deus-homem
Que trazia a salvação

Foi à dor da multidão
Que o rejeitou com um clamor
Os mesmos que comeram o pão
Multiplicado pelo meu senhor.

Foi à dor do seu povo
Daqueles que preferiram o assassino Barrabás
A um humilde carpinteiro
Conhecido como príncipe da paz

Foi à dor do chicote, da coroa de espinho
Do carregar a cruz pesada
Na via dolorosa
Da queda no caminho

Foi à dor do gogota
No prega os pés e a mão
Ao levantar da cruz
No zombar da multidão

Foi dor do pecado
De pecados que ele não cometeu
Pecados meu e seu
Pecados que ali morreu

Foi à dor da ira de Deus
Recebida em nosso lugar
E com o grito esta consumado
Morreu pra nos salvar.
Ricardo de Souza Ângelo