sexta-feira, 23 de maio de 2008

Encontro inesperado


Sabe aqueles encontros inesperados que acontece em nossas vidas com pessoas que já foram tão importantes para nós, pessoas antes tão íntimas que se tornaram tão distantes. Em geral, estes encontros começam com sorriso de canto de boca forçado, algumas vezes não passa disso, outras vem acompanhado de um cumprimento formal, como se forcemos pessoas comuns um para o outro, mesmo sabendo que não, tem oportunidade que ate sai um dialogo bem objetivo e frio e você olha nos olhos daquela pessoa que um dia foi à razão de sua existência, e agora por petulância do destino você não conseguiu dizer o que realmente gostaria. Muitas vezes dizemos que estamos ótimos, mas na verdade queríamos dizer que ela ainda é importante pra gente, que ainda pensamos no tempo que estivemos juntos, que nos lembramos de seu aniversario mesmo que não liguemos para dar parabéns. Você não sabe se ela também pensa assim, mas quando seus olhos se encontram, você percebe que ela ainda passa a mão no cabelo quando está nervosa e que seus olhos ainda brilham ao te ver, que ela ainda é refém de sua presença, assim como você é da dela. Depois você se despede sem falar ou ouvir o que realmente queria e a única coisa que resta é uma alegria angustiante que muda seu dia com pensamentos diversos. Esse tipo de encontro machuca muito, porém deixa uma ferida gostosa de saudade de alguém que hoje você finge não ser nada, mas que sabe que é muito especial e especial demais para serem só amigos de papos longos. O que me consola é saber que se percebo tudo isso creio que ela também percebe. Na verdade, vivemos na esperança de um dia termos um encontro, onde possa ser eu e ela possa ser ela, ou que possamos ser nós, com nós mesmos.

Ricardo de Souza Ângelo