sexta-feira, 23 de maio de 2008

O poeta, a cena, e a pena

O poeta e uma pena
E uma tinta e uma cena
Um olhar sem calar
Na pena seu paladar

O poeta é pintor
Seu pincel é a pena
Sua tela o papiro
As palavras na cena

O poeta é alma com pena
É paixão escrita sem tema
É amor na ponta da pena
É viver sempre um dilema

O poeta é sentimento vivido
É sofredor do amor bandido
O amor na margem da cena
Descreve com sua pena

O poeta é alma fora da cena
Com lágrimas de tinta
Revela a alma com a pena
Com o coração dentro da cena

O poeta é amor rejeitado
Quer chorar com sua pena
O amor que não o deixou
Participar da cena

Ricardo de Souza Ângelo